
CÂNCER DE PRÓSTATA
O Câncer de próstata é a segunda neoplasia maligna mais comum do sexo masculino, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Sua frequência aumenta após os 50 anos, estimando-se que cerca de 1 a cada 6 homens terão seu diagnóstico ao longo de suas vidas. No Ano de 2020 o INCA (instituto Nacional do Câncer) estima o diagnóstico de 65840 novos casos.
A próstata é uma glândula localizada entre a bexiga e a uretra, estando anterior ao reto. Tem como principal função reprodutiva, fornecendo um líquido que protege e nutre os espermatozoides. Na maioria das vezes apresenta lento crescimento fazendo que em seus estágios iniciais não gere qualquer sintoma nos homens, entretanto, pode ter comportamento agressivo em alguns casos. Com o seu crescimento e desenvolvimento pode gerar sintomas locais (dificuldade miccional, urgência miccional, incontinência), acometimento de órgãos vizinhos (dor pélvica, sangramentos) e até mesmo metástases onde ocorre acometimento de órgãos a distância, sendo os mais comuns os ossos (dores ósseas, fraturas, fraqueza).
DIAGNÓSTICO:
Como na maioria das vezes o câncer de próstata não gera sintomas, a recomendação e que se comece a investigação apartir dos 50 anos, através de exame de PSA e exame de toque retal anual. Aqueles com histórico familiar (pais, irmãos, tios) e da raça negra devem começar essas avaliações mais cedo, com 45 anos, devido ao maior risco associado. Vale ressaltar que se diagnosticado precocemente a chance de cura dos pacientes é de cerca de 95%.
Se durante a avaliação houver alguma suspeita para o diagnóstico utilizamos outros exames com a Ressonância magnética e a biópsia de próstata, exame que confirma a patologia e nos permite classificar o risco do paciente e a definição dos melhores tratamentos possíveis.
TRATAMENTO:
Após o diagnóstico temos várias opções de tratamento como vigilância ativa, radioterapia e cirurgia, que vão depender do estágio da doença do paciente, cada qual com seus riscos e resultados específicos. A vigilância ativa é realizada nos casos de tumores de baixo potencial de agressividade, onde o paciente é acompanhado com protocolo específico e se houver alguma mudança no comportamento da doença algum tratamento ativo é indicado.
Entre os tratamentos cirúrgicos temos a disponibilidade de realização por via aberta, laparoscópica e robótica. Algumas vantagens da técnica robótica estão no menor tempo de internação, menor sangramento, menor dor no pós-operatório, retorno mais precoce as atividades habituais, assim como um possível melhor preservação da continência urinária e potencia sexual.